São Filipe, 26 Abr (Inforpress) – Os responsáveis da Saúde a nível da ilha do Fogo estão a preparar acções para minimizar o impacto da segunda vaga da pandemia da covid-19 que deverá chegar à ilha
O director da Região Sanitária Fogo e Brava, Evandro Monteiro, disse à Inforpress que Cabo Verde está a viver uma fase muito difícil a nível nacional e que a ilha do Fogo não vai ficar de fora, sublinhando que é apenas uma questão de tempo para ter a segunda vaga da pandemia da covid-19.
O responsável, que participou do encontro semanal da equipa de combate à pandemia a nível do município de São Filipe, defendeu que as estruturas de saúde, além das medidas definidas e socializadas, devem reforçar todas as acções de fiscalização e não deixar espaços que levam a surgimento de vírus como a organização de actividades culturais e não só.
“A nossa maior preocupação, além de preparação para a segunda vaga, é sensibilizar as pessoas para a vacinação, que poderá ser algo que nos ajude a não ter mortalidade importantes como está a ser registado a nível das outras realidades”, disse o director da região sanitária.
Com relação à situação no município de São Filipe, que contabiliza 15 activos, a delegada de Saúde, Joana Alves, indicou que na última semana o número de novos casos triplicou em relação à semana antecedente, passando de cinco para 15 casos.
Os 15 casos activos diagnosticados na última semana referem-se a 213 amostras analisadas, o que corresponde a uma taxa de positividade de sete 7%, mas a delegada de Saúde adverte que estão mais de 40 amostras para serem analisadas.
Os casos diagnosticados estão distribuídos por várias zonas, nomeadamente Tongon (quatro), São Domingos e Forno (três), Xaguate (dois), Cobom, Lém e Penteada com um caso cada.
Ao todo a ilha contabiliza 23 casos activos, sendo 15 no município de São Filipe, sete nos Mosteiros e um em Santa Catarina do Fogo e com duas pessoas hospitalizadas em São Francisco de Assis.
Neste momento, a ilha do Fogo tem um total acumulado de 2.128 casos de covid-19 desde o surgimento do primeiro caso a 17 de Agosto de 2020, distribuídos por São Filipe (1.545), Mosteiros (434) e Santa Catarina (149).
Foram recuperadas 2.095 pessoas sendo São Filipe 1.522, Mosteiros 426 e Santa Catarina 147, e registaram-se sete óbitos, dos quais cinco em São Filipe, um nos Mosteiros e outro em Santa Catarina.