Cidade da Praia, 20 Mar (Inforpress) – A empresa Suifogo que intervém na produção de derivados de pecuária vai entrar ainda esta quarta-feira com uma providência cautelar contra o Ministério da Agricultura na sequência de apreensão de produtos derivados de suíno destinado à ilha de Santiago.
O administrador de Suifogo, Manuel Mendes, apos a proibição do embarque de encomenda para a Cidade da Praia na manhã desta quarta-feira, procurou a Inforpress para denunciar aquilo que considera ser uma “medida arbitrária e ilegal” da delegação do Fogo do Ministério da Agricultura e Ambiente.
“A delegação do MAA resolveu fazer a sua própria interpretação da lei e decidiu proibir a circulação de produtos derivados de suíno entre as ilhas do Fogo e Santiago, e hoje apreenderam a nossa mercadoria que devia seguir para a Cidade da Praia, de forma ilegal”, disse o administrador, observando que não há nenhum suporte ou base legal que proíbe a circulação de carne de porco entre as duas ilhas.
Por considerar de arbitraria e ilegal a medida, a Suifogo vai entrar ainda hoje com uma acção judicial contra o Ministério da Agricultura “para repor a legalidade”, porque, conforme explica o administrador, a proibição de circulação de derivados de suíno entre as duas ilhas traz prejuízos incalculáveis, não só para a empresa, mas para a zona sul da ilha que nos últimos dois anos tem sido fustigado pela seca, e onde as famílias vivem da criação de animais, nomeadamente de porcos, e da venda do leite.
A quantidade apreendida hoje e impedida de embarcar para Santiago não era grande, mas Manuel Mendes lembra que 70 por cento da produção de Suifogo é comercializada na ilha de Santiago (Praia) e a sua proibição representa prejuízos enormes, observando que a partir de finais de Abril novos produtos, como “chouriço de rolon” e bacon serão colocados no mercado.
JR/FP