Cidade da Praia 01 Ago (Inforpress) – A líder da oposição considerou esta quinta-feira que o Governo tem-se revelado “uma grande decepção” para os cabo-verdianos, enquanto para o MpD o país “está melhor” e a UCID considera que se está a empreender “programas desarticulados”.
Intervindo na abertura do debate sobre o estado da Nação, a presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), Janira Hopffer Almada, afirmou que o executivo recorreu ao “marketing massivo”, produzindo “publicidades enganosas”, para dar a impressão de que está a fazer “coisas estruturantes”, quando, no entender dela, o que existem são “medidas avultadas”, tomadas de forma “inconsistente”.
“Os cabo-verdianos pagam mais para viajarem, pagam mais para terem acesso à água, luz, energia e ao gás. Os cabo-verdianos sabem que pagam mais pelos bens alimentares da primeira necessidade. Os cabo-verdianos sabem que os seus salários não aumentaram e que perderam o poder de compra”, citou a deputada. Apontou, também, que a inclusão social está a baixar, indicando que em 2018 “cerca de 13 por cento (%) dos cabo-verdianos foram atingidos pela fome”.
A líder do PAICV afiançou, ainda, que os “grandes triunfos” da actual maioria nas campanhas eleitorais foram as promessas de crescimento económico de 7% e a criação de 45 mil “empregos dignos”, mas, no entender da mesma, volvidos três anos, o “propalado crescimento médio de 4,5% não está a ter impactos na vida dos cabo-verdianos”. “Hoje, as pessoas sentem-se claramente, que, se o país está a crescer a 5%, como apregoa o Governo, este crescimento está concentrado num pequeno grupo de pessoas, e o executivo já sabe”, assegurou, acrescentando que “é por isso” que o desenvolvimento “não está a ter impacto” na redução do desemprego, nem na melhoria da qualidade de vida dos cabo-verdianos.
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