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Justiça/ Presidente do STJ adverte para « sociedade selvática »no país


  30 Mars      26        Politique (25373),

 

Bissau,30 Mar 21(ANG) – O presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá, defendeu que sem a observância da lei pelos órgãos públicos a sociedade torna-se selvática e sem desenvolvimento para a população.

Paulo Sanhá falava na tomada de posse de três novos membros do Conselho Superior de Magistratura Judicial, eleitos no passado dia 11 e que, a partir de segunda-feira (29.03), assumiram funções.

Sem se referir em concreto ao diferendo que o opõe ao procurador-geral da República, Fernando Gomes, que emitiu um mandado de detenção contra si, Paulo Sanhá aproveitou a ocasião para abordar a forma como vê a atuação dos órgãos judiciais.

« Nenhum país pode conhecer a paz e o bem-estar para a sua população sem o respeito pelo Estado de Direito democrático. Dito por outras palavras: sem o respeito pelo primado da lei não há Estado, não há sociedade organizada e civilizada, assistir-se-á a uma sociedade selvática », referiu Paulo Sanhá.

O procurador-geral da República quer ouvir Paulo Sanhá no âmbito de uma denúncia contra si intentada pelo cidadão guineense Bubacar Bari, que acusa o juiz conselheiro de « denegação da justiça, prevaricação, abuso de poder e administração danosa ».

Paulo Sanhá afirmou que « todas as atuações dos servidores públicos devem ter respaldo da lei » e que « o contrário é arbitrariedade ».

Citando o filósofo e escritor italiano Norberto Bobbio, o presidente do STJ da Guiné-Bissau defendeu que « o direito e poder são duas faces da mesma moeda », mas frisou que « o poder, para ser aceite, precisa de legitimidade e competência ».

« A atuação dos órgãos públicos no exercício dessa legitimidade deve conformar-se à lei, sob pena de tirania », observou Paulo Sanhá.

Aos recém-eleitos, o presidente do STJ pediu « coragem, abnegação e estrito respeito da lei » para garantir « de forma intransigente » a independência do poder judicial « face às incursões dos demais poderes », disse.ANG/Lusa

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