Bissau,21 Mai 21(ANG) – O Presidente Umaro Sissoco Embaló reconciliou quinta-feira numa reunião os dirigentes fundadores do Partido da Renovação Social (PRS), atualmente desavindos.
Sissoco Embaló chamou ao Palácio da Presidência o presidente do PRS, Alberto Nambeia, e o antigo líder do partido, Ibraima Sori Djaló, tendo-os apelado para porem termo as divergências que mantêm, ao ponto de nos últimos dias trocarem acusações públicas nos órgãos de comunicação social.
O antigo presidente do parlamento guineense, Sori Djaló, bem como Mário Pires, antigo primeiro-ministro, e José de Pina, antigo ministro da Saúde Pública, todos cofundadores do PRS, acusam Alberto Nambeia de utilizar o partido em proveito próprio.
As duas partes trocaram ameaças de recurso à justiça para « lavar a honra ».
Preocupado com a situação, conforme disse hoje, Umaro Sissoco Embaló promoveu um encontro de reconliação entre as partes, segundo suas justificações, « dada à importância do PRS na democracia guineense ».
« Não quero nada que venha a desagregar o PRS ou qualquer outro partido » da Guiné-Bissau, sublinhou Umaro Sissoco Embaló.
« É um legado histórico na nossa democracia que deve ser preservado. Não vou permitir que se estrague o partido de Kumba Ialá e dos seus camaradas », observou Sissoco Embaló.
O atual líder, Alberto Nambeia, elogiou o papel de Sissoco Embaló perante a crise que abala o PRS, fundado em 1992.
« O Presidente está preocupado com a situação no PRS, por saber que quando há problema nos partidos grandes não acaba só nesses partidos, acaba por afetar todo o país e, como garante da soberania, o Presidente entendeu que devia chamar-nos para ultrapassarmos os nossos problemas », disse Nambeia.
Prometeu que de agora em diante os problemas serão resolvidos na base do diálogo, porque, frisou, « o país está acima de todos ».
Alberto Nambeia anunciou que a partir de hoje o « machado de guerra será enterrado » no PRS, terceiro partido mais votado nas últimas eleições legislativas, mas atualmente no Governo numa coligação com outras forças políticas.
Ibraima Sori Djaló também enalteceu o papel de Umaro Sissoco Embaló e afirmou que não tem ódio contra Alberto Nambeia, mas estava com « muita raiva, mas que acabou ».