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ENTREVISTA: Transcor “dribla covid-19” com site para clientes localizarem autocarros e comprarem viagens


  4 Mai      70        Société (45137), Technologie (1040),

 

Mindelo, 04 Mai (Inforpress) – A empresa de transporte público de passageiros Transcor resolveu “driblar a crise da covid-19” e criou um site para os clientes localizarem autocarros, em tempo real, e comprarem viagens, através de um clique no telemóvel.

Para algumas empresas, a chegada da pandemia da covid-19 foi um “bicho-de-sete-cabeças”, mas a Transcor, sediada em São Vicente, “transformou este bicho em oportunidades”, declarou, em entrevista à Inforpress, o presidente do conselho de administração da empresa, Luís Gonzaga.

Apesar de registar resultados negativos, em 2020, em cerca de 700 mil escudos, o que acontece “pela primeira vez nos seus 19 anos de existência”, a administração lançou um desafio aos seus técnicos informáticos de criar um sítio na Internet que mantivesse o vínculo com os clientes, sem que esses fossem obrigados a procurar as suas instalações físicas para adquirir os seus serviços.

A ideia, explicou, era criar um site “útil ao cliente e que não servisse apenas para os estudantes recolherem informações” para trabalhos académicos, daí a nova plataforma ter sido disponibilizada aos clientes no mês de Abril.

Com esta tecnologia, adiantou, os clientes conseguem, através do telemóvel com Internet, comprar viagens, localizar os autocarros em tempo real e escolher a paragem mais próxima, evitando assim longos minutos de espera.

“O site permite fazer o carregamento do passe lá em casa, através do cartão 24. Lançamos outro produto que é o cartão de vagens pré-compradas em que a pessoa adquire o seu cartão, compra as viagens que quiser e, depois, valida na nossa máquina que vai deduzindo o custo”, afirmou o gestor, para quem o cliente tem a possibilidade de carregar o cartão também no condutor e pode ser usado por outras pessoas.

“É um cartão que não é personalizado, porque três pessoas podem viajar com ele ao mesmo tempo”, explicou a mesma fonte.

“Apenas é colocado na máquina por três vezes e saem três recibos para cada um. Tem pacotes de cinco ou dez viagens, tal como o cliente quiser e a cada pacote de dez o cliente ganha mais uma viagem grátis”, concretizou.

Segundo Luís Gonzaga, o site chegou “em boa hora”, porque diminuiu a manipulação e passagem de moedas entre o condutor e o cliente, numa altura em que os casos da covid-19 estão a aumentar em São Vicente.

“A troca de moedas, de uma mão para outra, é um possível canal de transmissão do vírus e aconselhamos as pessoas a fazer inscrição no site, principalmente as detentoras do passe. Temos vídeos no Youtube e no Facebook que explicam tudo como se faz”, adiantou Luís Gonzaga.

Para além disso, acrescentou, o site permite às instituições fazerem o aluguer de serviço, sem se deslocarem à empresa, e os clientes têm ainda a possibilidade de fazerem o pagamento de serviços de empresas ligados à Sociedade Interbancária e Sistemas de Pagamentos (SISP), como carregamento de telemóvel, pagamento de facturas de electricidade e água e seguros, entre outros.

Conforme Luís Gonzaga, a criação da plataforma é o culminar de todo um processo no sentido evitar o ajuntamento de pessoas na empresa neste momento de pandemia.

E tendo em conta o momento, avançou que os autocarros da empresa estão a transportar apenas dois terços da sua capacidade.

Ou seja, continuou, isso quer dizer que as pessoas têm que andar sentadas, apesar de reconhecer que “mesmo com a lotação esgotada os clientes nem sempre querem ficar no chão”.

“Às vezes, as pessoas querem ir ao trabalho e ninguém os consegue convencer de que devem esperar outro autocarro que pode chegar dentro de cinco a dez minutos. Há uma resistência dos clientes porque querem ir, mas os condutores então a cumprir”, garantiu.

Luís Gonzaga informou que a Transcor reforçou o sistema de lavagens e desinfecção dos autocarros e está a analisar a possibilidade de colocar álcool gel nos carros, que é uma recomendação da Delegacia de Saúde.

Mas, defendeu que se deveria “aconselhar a população a usar o seu álcool gel e tomar todas as medidas preventivas” porque as empresas “têm um custo redobrado de gestão neste momento”.

Aliás, lembrou que por causa do estado de emergência, decretado no ano passado, pela primeira vez a Transcor teve resultados negativos em 705 mil escudos.

Isto porque, explicou, a frota foi reduzida para oito autocarros em circulação e 100 trabalhadores ficaram em regime de lay-off.

“Só não fechamos a 100% porque temos um grande compromisso com a empresa Frescomar, que também não fechou porque é uma empresa de géneros alimentícios e fazemos-lhes serviços especiais”, frisou o responsável da Transcor, reconhecendo, entretanto, que a pandemia trouxe outras oportunidades.

Uma delas, explicou, é que a empresa está a substituir as viaturas com idade acima de 12 anos, pelo que brevemente mais uma dúzia de autocarros estará em São Vicente para substituir os velhos, reduzindo os custos de exploração.

Segundo Luís Gonzaga, a chegada desses autocarros vai permitir o reforço da linha 1,2, que liga o centro da cidade do Mindelo à Vila Monte, em Chã de Marinha.

Da mesma forma, a empresa está a analisar a reformulação da linha 5 de Chã de Marinha e fazer a sua conexão com outra linha que passa na Vila Kolá San Jon.

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