Cidade da Praia, 27 Jul (Inforpress) – Artistas e pessoas que trabalham ligadas à cultura dizem que as políticas do Governo relativamente a esta área são caóticas, centralizadoras e precisam ser reequacionadas para chegar lá onde existem manifestações culturais que necessitam de apoio.
Uma dessas vozes críticas é o artista plástico Tchalê Figueira. Para o pintor e poeta, o Estado da Nação que hoje é debatido no Parlamento “é caótico em todos os sentidos” e, culturalmente, porquanto, o Governo “não trouxe nada de novo” que beneficiasse os artistas.
“Gastaram dinheiro em coisas que não trazem nenhum benefício para Cabo Verde, para o povo ou para os artistas,” enfatizou Figueira concretizado com exemplos do filme “os Dois Irmãos” extraído do romance de Germano Almeida, que custou 22 mil contos, e o meeting de escritores realizado na Praia em que foram buscar uma equipa de profissionais portugueses para o organizar com avultados custos.
No seu entender o “Palácio da Cultura na Praia é medíocre, não tem nada de especial e não trouxe nada para o benefício dos artistas”. O único que funciona, defendeu, é o Centro Nacional de Artes Artesanato e Design (CNAAD) em São Vicente que tem “alguma dinâmica”.
Para Tchalê Figueira há um esbanjar de dinheiro quando ainda não foi criada uma política cultural. “Estão a fazer as suas políticas para benefícios pessoais. Isso é ultrajante,” desabafou o artista plástico para quem “os egos dos decisores políticos são maiores do que as suas consciências”.
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Inforpress/ Fim