São Filipe, 07 Ago (Inforpress) – O primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva, presidiu hoje ao lançamento da obra de asfaltagem da estrada de ligação ao porto de Vale dos Cavaleiros e de algumas vias urbanas da parte alta da cidade de São Filipe.
Trata-se de uma infra-estrutura “impactante” numa extensão global de pouco mais de seis quilómetros (6.1km) de estrada, que vai trazer melhorias na circulação além de garantir maior conforto e segurança aos utentes, promovendo a fluidez no trânsito local.
A asfaltagem vai desde a subida do aeródromo (rotunda junta da esquadra da Polícia Nacional), passando por Cruz dos Passos, Xaguate até o porto de Vale dos Cavaleiros, numa extensão de 3,5 quilómetros, Cruz dos Passos/Santa Filomena/Congresso com 1,2 quilómetros e largo de Enacol/Congresso com 1,4 quilómetros, totalizando assim 6,1 quilómetros, sendo que a previsão para a conclusão da obra, financiada pelo Governo, no valor de mais de 172 mil contos (172.579 contos), é de 150 dias, isto é, até Janeiro de 2021.
A estrutura de pavimento terá duas camadas de betão betuminoso, sendo a primeira para regularizar o pavimento, porque o asfalto será sobre a calçada, e a segunda camada de desgastes com uma espessura de cinco centímetros, isto para além de 10 mil metros quadrados de passeio.
A drenagem de água nas laterais é feita através de valetas, sobretudo no troço de Vale dos Cavaleiros, não estando previstas intervenções nas passagens hidráulicas (ph) que, segundo os técnicos, estão consolidadas.
Ao descerrar a placa que marca o início da obra, o primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva indicou que o Governo está a cumprir com aquilo que se comprometeu e que a “cidade vai ficar melhor arranjada, mais bonita e atractiva para as pessoas que querem investir, visitar e para os residentes e a própria diáspora”.
Este apontou que se está a criar valor e que este investimento vai melhorar a acessibilidade que é preciso conjugar com outros investimentos, nomeadamente a requalificação do centro histórico e intervenção nos bairros para que as pessoas se sintam melhor e ter melhores condições de saneamento e autoestima no seu espaço e condições para investirem.
Questionado sobre a rede de esgotos, o chefe do Governo indicou que não se pode fazer tudo de uma só vez e que existem duas questões prioritárias para o próximo ciclo, nomeadamente a segurança sanitária associada à habitação e a ligação às questões básicas de acesso a água, saneamento e a própria resolução do problema de acesso às casas de banho, porque, explicou, ainda há muitas famílias com essa dificuldade, para poder dar um salto em termos de qualidade urbanística e de bem-estar das pessoas.
Confrontado se isso não seria duplicação dos custos, Ulisses Correia e Silva disse que não e que é compatível realizar estes trabalhos numa fase posterior porque os técnicos e as empresas de construção civil têm esta capacidade, observando que realizar de uma só vez implicaria a mobilização de recursos, o que não foi o caso e por isso vai-se fazendo aos poucos.
Já a ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação (MIOTH), Eunice Silva, explicou que a opção de colocar o asfalto em cima da calçada não tem a ver com os custos, observando que só removem as calçadas quando há problema de drenagem de água grave para corrigir a passagem de água, o que não constitui problema com esta empreitada, e por isso vai-se aproveitar o piso e aplicar as camadas de asfaltagens.
Com a execução desta obra quem chega pelas vias marítimas e aéreas pode circular em estradas asfaltadas desde o porto e aeródromo até Campanas de Baixo (norte) e até Patim (sul).
Questionado se há possibilidade de fazer a ligação de asfalto entre Patim e Salto (sul) para que quem saía de São Filipe a Chã das Caldeiras possa circular numa estrada asfaltada, Eunice Silva, disse que talvez na próxima legislatura porque existem outros trabalhos.