Cidade da Praia, 25 Abr (Inforpress) – Os médicos, enfermeiros e técnicos do Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN) participaram hoje de uma conversa aberta sobre a protecção e tratamento de dados dos pacientes com vista a garantir maior segurança desses dados.
O workshop foi realizado pela comissão Nacional de Protecção de Dados, em comemoração do aniversário da tomada de posse dos seus membros, com o objectivo de elevar o nível de segurança dos dados, com particular enfoque para últimas alterações feitas ao regime jurídico geral de protecção de dados pessoais das pessoas singulares.
Em declarações à imprensa, à margem desse workshop, o PCA do HUAN, Imadoeno Cabral, adiantou que neste momento, o hospital encontra-se num processo de implementação de tecnologias digitais por forma a reforçar os serviços de Saúde e tê-los totalmente digitalizados.
Actualmente, o hospital, segundo aquele responsável, conta com o laboratório de análises clínicas totalmente informatizado, inclusive com uma plataforma em que os utentes possam ter acesso a informações a nível do agendamento dos seus exames a partir das suas casas através do portal do hospital, fazer o seguimento de toda a produção em termo de exames laboratoriais e receber os resultados a partir do telemóvel ou do e-mail.
Fez saber igualmente que na próxima semana, o hospital vai avançar com a digitalização do serviço de diagnóstico por imagem com a implementação do novo sistema de armazenamento de imagens e de comunicação (PACS – Sigla em inglês) para que a imagem médica seja disponibilizada para todos os serviços.
“Por isso, nós entendemos que considerando que estamos a tratar da informação de identificação, mas sobretudo em formação clínica do utente seria oportuno trazer a entidade responsável pela legislação por forma que ele possa passar todos as informações esclarecimentos aos profissionais de saúde para que possamos gerir com rigor a informação, mas sobretudo garantir a segurança dos dados do paciente”, salientou.
Tranquilizou a população de que a plataforma é segura e que o profissional de saúde não consegue aceder aos dados de identificação do paciente, asseverando que apenas o médico assistente pode ter acesso à informação do paciente.
Por seu lado, o membro da Comissão de Protecção de Dados, José Maria de Pina, destacou a importância de assegurar os dados da saúde conhecidos como dados especiais, sublinhando que “merecem” atenção porque se divulgados podem prejudicar o utente.
“Vamos falar destes cuidados especiais, também das novidades que ocorreram com a alteração da lei que tem a ver com a avaliação do impacto com a figura do encarregado da protecção de dados que os hospitais deverão passar a ter que é uma figura que vai estar com os titulares dos dados e com a comissão nacional de protecção de dados”, assinalou José Maria de Pina.
De entre os cuidados a ter com os dados dos utentes, identificou, os de segurança, isto é, não permitir acesso de pessoas não autorizados aos dados, condicionamento do acesso ao sistema, vincando ainda que quem não estiver mandatado para proceder à introdução, eliminação e visualizações dos dados não deverão ter acesso aos dados pessoais de saúde.