Cidade da Praia, 12 Jul (Inforpress) – O músico cabo-verdiano Renato Chantre tem já disponível nas plataformas digitais com participação do português Milton Gulli, seu novo single “Animal inna Carnival” que fala “da falta de liberdade e opressão do sistema presentes na sociedade actual”.
Em declarações à Inforpress, Renato Chantre, também baixista no grupo Cachupa Psicadélica revelou que “Animal inna Carnival” é o primeiro single do seu novo disco, elaborado em tempos de isolamento devido a pandemia da covid-19, cujo o nome será revelado posteriormente.
É um disco de afro reggae que, conforme explicou, tem a ver com a sua vivencia e experiencia na música, tendo salientado que o que o levou a gostar da música ainda quando criança foi Bob Marley, daí que, conforme disse, o reggae “mudou a sua vida”.
“A música de Bob Marley despertou-me o interesse para aprender a tocar e fazer música, e quando vim para Portugal, em 1998, comecei a participar em muitos projectos africanos, nomeadamente da Guiné-Bissau, Angola, e outros, de Brasil e de Portugal, então esta mixagem chamou-me a atenção daí esta junção da música afro e reggae”, aclarou Renato Chantre.
Residente em Portugal, o músico avançou que, neste momento, está num processo diferente, que por ser baixista passou grande parte da carreira a acompanhar muitos e diferentes artistas.
“Já participei em muitos projectos originais e hoje em dia quero focar mais e fazer a minha música original, e não quer dizer que irei deixar de participar em projectos dos outros artistas”, enfatizou.
Conhecido pela sua versatilidade vai do funk ao tradicional cabo-verdiano e africano no geral, Chantre é também detentor de linhas de baixo quentes e intensas dando “intensidade e corpo” a projectos em que se insere.
O músico avançou ainda que espera terminar o disco que irá contar com a participação de muitos e diferentes artistas, para poder tocar e fazer concertos ao vivo com a própria música.
Nascido e criado numa família de músicos, na ilha de São Vicente, começou desde cedo a dar sinais que tinha a sua estrelinha na música. Rapidamente entrou no circuito musical nacional, e com apenas 22 anos integrou tours mundiais ao lado de Eneida Marta bem como outros músicos de renome.
Durante 20 anos trabalhou como músico freelancer onde integrou bandas como Kussondulola, Mercado Negro, Bonga, Orquestra Cesária Évora, Tito Paris, Jon Luz, Lura, Nancy Vieira, Elida Almeida, Dino D’Santiago, Richie Campbell, General D, Boss AC entre outros.