Bissau,25 ago 23(ANG) – A empresa Ocean Fishing Bissau Sarl promete abastecer o país de pescado suficiente para todas as regiões do país.
Em entrevista exclusiva hoje à ANG, o manager-geral da empresa, Houssam Koumayha disse que, para o efeito, já pediram as faturas proformas aos fornecedores de arcas equipadas com painéis solares para a conservação do pescado.
Aquele responsável disse que o novo ministro das Pescas pediu às empresas do setor para avançarem com propostas concretas de soluções para minimizar as suas dificuldades dentro de 100 dias.
Houssam Koumayha informou que no primeiro encontro que a Associação Nacional da Pesca Industrial manteve, na semana passada, com o ministro das Pescas, elencaram 29 propostas para colmatar as dificuldades de abastecimento do mercado em pescado, para permitir a redução do preço de peixes no mercado nacional.
Disse que, entre as dificuldades, consta o elevado preço da luz elétrica e de combustíveis, processo de descarga do pescado no porto de Bissau, importação de materiais de embalagens entre outras.
Afirmou que pediram ao novo ministro das Pescas para diligenciar no sentido de ajudar as empresas que operam no setor a vencerem as dificuldades que enfrentam, para que possam estar em condições de fornecer pescado de qualidade às populações num preço acessível.
A empresa Ocean Fishing Bissau Sarl começou a operar no país em Fevereiro de 2022 com dois navios e agora conta com cinco embarcações de pescas.
Aquele responsável criticou que muitas empresas têm licenças para pescas nas águas territoriais guineenses, mas que na realidade não fizeram nenhum investimento no setor e nem fazem as suas descargas de pescado no mercado nacional.
Declarou que a empresa “Ocean Fishing Bissau Sarl”, está disposta a cumprir com o “slogan” do atual ministro das Pescas: “Pa Nô Pis Riba Cassa”, “que o nosso pescado voltasse a casa”.
Houssam Koumayha sublinhou que, atualmente, só três empresas que operam no setor fizeram investimentos no país, nomeadamente a “Ocean Fishing Bissau Sarl, SS Trading e Afripêche.
Disse que, para descarregar o pescado internamente as empresas devem possuir instalações próprias, equipadas de câmaras frigoríficos.
“O Governo não deve continuar a conceder licenças às empresas que roubam o nosso pescado para ir vender no Senegal, e as vezes as nossas mulheres vendedeiras vão até Dakar comprar o nosso próprio pescado para voltar a revendê-los no país, pagando transporte e despacho”, criticou Koumayha.