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PR reitera propósito de continuar a trabalhar para aprofundamento da cooperação entre Portugal e Cabo Verde


  29 Juillet      23        COOpération (783),

 

Lisboa, 29 Jul (Inforpress) – O Presidente da República, José Maria Neves, reiterou o “firme propósito” de continuar a trabalhar para um “ainda maior” aprofundamento e ampliação das relações de fraternidade e cooperação entre Portugal e Cabo Verde.
O chefe de Estado renovou esse compromisso durante um jantar esta quinta-feira, oferecido pelo Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, em honra de José Maria Neves e da primeira-dama, Débora Carvalho.
“Reitero o nosso firme propósito de continuar a trabalhar para um ainda maior aprofundamento e ampliação das relações de fraternidade e cooperação entre Portugal e Cabo Verde. Por outro lado, se é demais evidente que Portugal tem sido um excelente parceiro do desenvolvimento de Cabo Verde, no quadro das relações bilaterais, tenho de realçar, de igual modo, o seu papel na cooperação multilateral enquanto um canal privilegiado”, frisou.
José Maria Neves apontou como exemplo o estabelecimento de relações com a União Europeia, bem como no seu incremento, de forma gradual e consistente, tanto qualitativa quanto quantitativamente, tendo pedido a atenção do seu homólogo português pelo facto da inflação ter disparado em Cabo Verde, a insegurança alimentar passou a afligir milhares de pessoas, o desemprego aumentou e a dívida pública, que vinha registando uma trajetória descendente, conhece agora novos aumentos.
“Na sequência de sucessivos anos de seca severa, da pandemia da covid-19 e das consequências da guerra na Ucrânia, muito especialmente a escalada nos preços dos combustíveis e de bens essenciais, Cabo Verde enfrenta, actualmente, uma difícil situação económica e financeira, com um impacto social muito forte”, justificou, sublinhando que o País é “fortemente dependente” do exterior, que importa quase tudo o que consome, maioritariamente do mercado europeu.
“São problemas reais e são desafios ingentes para o meu País, para o Governo e todas as autoridades, a todos os níveis, para todos os sujeitos políticos. Para o país no seu todo, afinal. Entrámos num corredor de maiores exigências em matéria de co- responsabilização política e cidadã. Ninguém pode eximir-se de juntar o seu contributo, modesto que seja. Todos somos conclamados a alimentar a chama da solidariedade e do essencialíssimo sentido de ‘comunidade de destino’”, enalteceu.
José Maria Neves congratulou-se, entretanto, com as várias medidas de amparo e mitigação que foram prontamente postas a funcionar pelo Governo, assim como a rede nacional de solidariedade que tem funcionado, bem como o apoio constante da diáspora cabo-verdiana em Portugal e no mundo inteiro.
“Hoje, mais do que nunca, esperamos poder contar com a compreensão solidária dos nossos parceiros. Precisamos de apoios consistentes dos nossos amigos. Precisamos da solidariedade para ajudar a financiar a contenção dos preços, evitando que os aumentos brutais sejam repassados aos consumidores. Precisamos sobremaneira de uma reconfiguração da dívida externa, designadamente através da reconversão da dívida em projectos de investimento em áreas cruciais para se ganhar o futuro”, defendeu.
O Presidente da República agradeceu a compreensão havida até esta data em relação à dívida externa e os acordos alcançados com o Governo português que permitiram algum “alívio” ao serviço da dívida, mas acredita que, face ao prolongamento da guerra e dos seus efeitos, mostra-se “possível e necessário ir um pouco mais além com Portugal nesta matéria”, esperando que a solução que vier a ser encontrada possa influenciar outros parceiros, credores de Cabo Verde.
Por outro lado, José Maria Neves garantiu que Cabo Verde está “sintonizado de forma profunda” com as grandes questões que preocupam a humanidade, de entre elas a paz, assente no diálogo como forma de resolução dos conflitos, o aquecimento global, as alterações climáticas, o declínio da biodiversidade e dos ecossistemas, e o combate à miséria e à exclusão social.
Ao fazer referência a II Conferência dos Oceanos das Nações Unidas que aconteceu em Lisboa no mês de Junho, e que Cabo Verde participou com uma delegação chefiada pelo primeiro-ministro, considerando que “é da mais elementar justiça que o sistema internacional dê substância ao estatuto dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, com programas e apoios concretos, impactantes, ajudando no seu processo de desenvolvimento”.
“Reafirmo os nossos mais firmes compromissos no quadro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O nosso engajamento é total e o empenho que colocamos nos projectos de reforço e consolidação da CPLP não merece a mais pequena dúvida”, assegurou, enaltecendo que a Convenção para a Mobilidade na CPLP é um “marco histórico” no qual Cabo Verde teve um papel importante, sempre apoiado por Portugal.
No jantar que, para além da delegação cabo-verdiana, estiveram presentes embaixadores de diferentes países em Portugal, da parte de Marcelo Rebelo de Sousa, ficou o compromisso de dar uma atenção especial às preocupações de José Maria Neves no sentido de se poder encontrar os melhores caminhos para driblar os diversos desafios.
José Maria Neves encontra-se de visita oficial a Portugal de 28 a 31 de Julho, a convite do seu homólogo português Marcelo Rebelo de Sousa, visando o reforço dos laços históricos, políticos, económicos e culturais entre os dois países.

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