Cidade da Praia, 28 Fev (Inforpress) – O presidente do conselho de administração do NOSi garantiu, na Cidade da Praia, que Cabo Verde está “melhor preparado” para eventuais ataques cibernéticos em relação a 2020, quando a Rede Tecnológica Privativa do Estado (RTPE) foi atacada.
Em declarações aos jornalistas, depois da assinatura de um acordo de parceria com a Câmara Municipal da Brava, Carlos Pina explicou que a transição digital obriga a que o País esteja melhor preparado para esta “guerra digital”.
“Cabo Verde está melhor do que há um ano, posso falar enquanto responsável pela empresa que gere a maior rede tecnológica do País e temos essa experiência porque em Novembro de 2020 sofremos um ataque nunca antes visto no país”, assegurou, quando foi questionado pela Inforpress sobre um eventual ataque cibernético.
No entanto, o responsável ressalvou que é preciso continuar a investir do ponto de vista tecnológico e das boas práticas e sobretudo a nível da consciencialização dos utilizadores e da sociedade em geral para questão de ciberataque.
“Está provado que por mais que haja melhores tecnologias, 70 por cento (%) dos riscos é humano e o NOSi e o Governo estão a investir nesta questão de consciencialização para os perigos cibernéticos”, informou Carlos Pina, sublinhando que ninguém está acima dos riscos digitais.
“Hoje todos nós lidamos com as redes sociais e isto tem enormes riscos, temos que saber quais são os dados que devem disponibilizar e mesmo quando interagimos para aceder os serviços bancários e o Nosi tem essa responsabilidade de ajudar nessa sensibilização”, explicou.
No dia 09 de Fevereiro, à margem da assinatura de um protocolo com a Câmara Municipal do Maio, Carlos Pina informou que Cabo Verde investiu mais de 330 mil contos nos últimos 18 meses para proteger a rede do Estado de ataques cibernéticos.