Bissau, 17 Jan 23(ANG) – O Presidente da República disse que um grupinho de pessoas pretende estragar o “bom nome” da etnia Balanta , mas que quem conviveu com esse grupo étnico sabe que são indivíduos simples e amáveis.
O chefe de Estado fez esta acusação numa reunião com um grupo de pessoas que se apresentou, segunda-feira, no palácio da República como grupo de anciões Balantas, o segundo maior grupo étnico do país, com a finalidade de apresentar ao Presidente Sissoco Embaló cumprimentos de Ano Novo.
“Quem conhece a etnia Balanta jamais terá ódio da mesma, porque são boas pessoas. Só que, infelizmente, alguns grupinhos usam o capote de Balanta para fazer maldade e isso acaba por criar dúvidas na sociedade para quem não convive com o grupo étnico Balanta”, disse o Presidente da República.
Umaro Sissoco Embaló aconselhou aos anciões a se posicionarem face a essa situação que afeta ao “bom nome” da etnia Balanta, sublinhando que não é normal que um grupo de 05 ou 10 pessoas estrague o nome de muita gente.
“Quando forem as tabancas sensibilizar as pessoas sobre a questão de divisão étnica, será melhorar que vocês recusem essa situação, porque vocês serão os prejudicados com a questão de maldade e de violência que fazem usando o vosso nome”, disse.
O Presidente da República disse que a questão da divisão étnica é prejudicial para o desenvolvimento de um país e que por isso, é fundamental evitá-la.
Manifestou o desejo de a Guiné-Bissau voltar a ser a pátria de todos, sem distinção e que a “guinendade” volte a reinar no seio dos guineenses.
Umaro Sissoco Embaló indicou como exemplo de ações maldosas feitas em nome de Balantas, a alegada tentativa de golpe de Estado de 01 de Fevereiro de 2022, que provocara a morte de muitas pessoas entre militares, polícias e civis.
Entre os detidos por alegado envolvimento nesse caso figuram oficiais superiores militares de etnia Balanta, com destaque para o Contra-Almirante, José Américo Bubo na Tchuto.ANG/AALS/ÂC//SG
20 de Janeiro/PAIGC comemora 50º aniversário da morte de seu líder com realização de congresso internacional sobre “Obra e Memória de Cabral”
Bissau, 17 Jan 23(ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), vai comemorar o 50º aniversário do assassinato de Amílcar Lopes Cabral, no próximo dia 20, com a realização de um congresso internacional sobre a “Obra e Memória” do imortal líder fundador do partido e das nacionalidas guineense e cabo-verdiana.
Segundo um comunicado à imprensa enviado à ANG, do Secretariado Nacional do PAIGC, em colaboração com alguns países e instituições que comungam do ideal Pan-africanista, um conjunto de atividades comemorativas serão realizadas em Bissau e no exterior.
O comunicado refere que um dos pontos altos das comemorações será a realização, no próximo domingo, na sede Nacional do PAIGC em Bissau, desse Congresso Internacional sobre a Obra e Memória de Amílcar Cabral, iniciativa que deverá contar com a participação de movimentos de ativistas revolucionários de cerca de 20 países, entre os quais Canadá, França, Alemanha, Quénia, África de Sul, Gana e Burkina Faso.
Em Bissau e nas regiões do país, os 50 anos volvidos sobre a morte do fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana serão assinalados com jornadas, que incluem palestras, marchas, atividades desportivas, culturais e lúdicas.
Na diáspora, concretamente em Cabo Verde e Portugal e em outros países de África e Europa onde o PAIGC tem estruturas implantadas, estão previstas realizações de palestras e sessões acadêmicas sobre a ideologia de Cabral, devendo o ponto alto dessas celebrações ser assinalado com uma vigília no local onde Amilcar Cabral foi “barbaramente assassinado, em Conacri.
Na vizinha República da Guiné serão esperados cerca de 40 dirigentes e responsáveis do PAIGC, entre membros do Presidium, Combatentes e Veteranos de guerra, representantes das organizações de massa do partido, nomeadamente da JAAC e UDEMU, indica o comunicado.