AIP La CCI-CI adhère au « Pacte mondial » des Nations Unies pour l’atteinte des ODD AIP REVUE DE PRESSE : Le point de presse du ministre gouverneur, Cissé Bacongo font les Unes des journaux ce vendredi AIP Les lauréats de la 1ère édition du concours de Dictée et de Mathématiques récompensés AIP La ministre Belmonde Dogo tisse des partenariats avec des organisations internationales aux Emirats Arabes Unis pour l’autonomisation des personnes vulnérables AIP Un accord de partenariat entre la BRVM et la GGGI pour la promotion de la finance verte MAP Côte d’Ivoire: la CAN 2023 rapporte un bénéfice de 80 millions de dollars à la CAF APS SENEGAL-LITTERATURE / La fondation Léopold Sédar Senghor va bientôt célébrer ses cinquante ans (secrétaire général) MAP RDC: plus de 24.000 décès dus au paludisme en 2023 (officiel) MAP La Côte d’Ivoire décide le rapatriement de 55.000 réfugiés burkinabè (ministre) MAP La Namibie découvre un gisement pétrolier de plus 10 milliards de barils

Especial 24 de Setembro/Antigo aluno do Internado de Boé lamenta estado avançado de degradação das infraestruturas locais


  22 Septembre      45        Travaux publics (430),

 

Bissau, 22 Set 20 (ANG) – Um dos antigos estudantes do Internato de Madina de Boé lamentou o estado de degradação das infraestruturas daquele sector onde foi proclamado o Estado da Guiné-Bissau.

Amadu Djaló, em entrevista concedida à ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN, no quadro da comemoração de mais um ano de independência da Guiné-Bissau

que se assinala no dia 24 de Setembro, disse que, de facto, existia um Internado em Boé por iniciativa do PAIGC e de Amílcar Lopes Cabral.
Contou que durante a visita que Cabral efectuou àquela localidade, em 1971, quando passou numa tabanca de nome Sibidjam, constatou que havia muitas crianças sem escola e que havia necessidade de criar um Internato local, uma vez que Boé já era uma zona libertad
a e que a maioria das crianças era indígena.

“Foi assim que o Internado surgiu e o primeiro professor foi um português de nome Duarte Campos que fugiu para as matas para combater contra o regime colonial do seu país de origem. Havia um primeiro Internado entre 1969/70, mas os alunos foram dispersos porque na altura existiam muitos bichos parasitas que atacavam as pessoas nos dedos dos pés e como não havia alternativa para sanear este problema os alunos dispersaram », explicou.

Djaló disse que a iniciativa de criar um Internato era para fazer com que as crianças sejam alfabetizadas, o que foi um grande problema, uma vez que os mais velhos não tinham a ideia de mandar os filhos para a escola.

Disse que, com ajuda de um homem chamado Sori Djaló, que falava a língua local que é fula, convenceu os pais a deixarem pelo menos um dos filhos ir para escola e os restantes continuavam a cuidar dos campos de cultivo.

“Foi assim que ele consegiu levar certos alunos, principalmente os que moravam perto da zona onde situava o Internato, entre eles destaco o Malal Sané, Aldjuma Sissé, Talal Sané. Estes foram os primeiros filhos de Boé que foram para o Internato”, explicou.

Acrescentou que, depois vieram crianças de Norte e Sul do país para ingressar no Internato, uma vez que Boé foi a primeira zona libertada e que posteriormente Sori Djaló foi nomeado Presidente da região de Boé.

Amadu Djaló lembrou que os alunos recebiam nomeadamente roupas, comida, latarias, leite e quando vão para as tabancas as outras crianças vendo isto começaram a frequentar as aulas até atingir o número de 500 à 600 alunos, antes de proclamação da independência.

“A independência foi proclamada junto a um local chamado “Balion “,que significa negro na língua fula, em 1973. Foi junto ao nosso Internato no campo onde jogávamos a bola foi ali que colocaram a tribuna de honra entre duas árvores, uma de Pau Sangue outra de Conta e a partir daí a luta tomou um novo rumo ou seja, as hostilidades no campo da batalha diminuiu com cessar fogo unilateral”, lembrou Djaló.

O antigo estudante do Internato de Madina de Boé salientou que falar daquela localidade hoje é uma tristeza devido as péssimas condições de vida que os seus citadinos levam, frisando que o primeiro Presidente após a independência, Luis Cabral visitava-os no Internato em Lugadjol.

Amadu Djaló disse que Luís Cabral chegou de afirmar que Boé seria capital política e Bissau seria capital comercial da Guiné-Bissau.

“Isso era o seu plano mas depois de 14 de Novembro de 1980, tudo mudou ou seja os projectos foram esquecidos e o país ficou a deriva e agora os internatos, a nivel nacional, simplesmente desaparaceram”, disse

Dans la même catégorie