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Germano Almeida defende apoio do Estado para que a literatura cabo-verdiana seja conhecida no mundo


  12 Septembre      51        Arts & Cultures (3086), Livres (386),

 

Lisboa, 12 Set (Inforpress) – O escritor cabo-verdiano Germano Almeida defendeu que se se quer que a literatura cabo-verdiana “saia de Cabo Verde” o Estado tem que apoiar, caso contrário continuará a ser pouco conhecida no mundo, nomeadamente na lusofonia.
A declaração do escritor foi feita durante uma mesa de debate sobre “Multiculturalidade”, que ocorreu no domingo, 11, na 7ª edição da Festa do Livro na Amadora, que decorreu no âmbito do 43º aniversário deste município português.
“Se nós queremos fazer a nossa literatura e sair de Cabo Verde, o Estado tem que apoiar (…). Se queremos fazer avançar a nossa literatura temos que apoiar”, considerou, sublinhando que “escritores cabo-verdianos não existem em Portugal”, com excepção dele e mais alguns.
Na mesa de debate, que teve também a participação da escritora brasileira Andrea Zamorano e moderado pelo Nelson Nunes, o cabo-verdiano, que já venceu o Prémio Camões, frisou que os escritores lusófonos “não se conhecem”, porque não há muito intercâmbio, indicando, por exemplo, que “nunca” viu nada feito pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que significasse uma actividade com os escritores.
“Em Cabo Verde, defendo, por exemplo, que os prémios literários são um bom incentivo à criação literária, porque escrever custa e se a pessoa sabe que está a escrever à custa de nada, não escreve (…). Ou seja, se um fulano sabe que não tem um incentivo ou um prémio, pergunta para quê que está a perder tempo. Por isso que digo sempre que criem prémios literários para incentivar jovens a escrever”, sublinhou.
Os quatro dias da 7ª edição da Festa do Livro na Amadora contaram com presenças de nomes como José Eduardo Agualusa, João Tordo, Maria João Lopo de Carvalho, Patrícia Müller, Joana Mosi e Tânia Ganho, entre outros.
Feira do Livro, conversas, workshops, espectáculos e lançamentos foram alguns dos pontos altos da Festa do Livro, que incluiu ainda a exposição “Diário de uma quarentena em risco”, do autor português de Banda Desenhada Nuno Saraiva, e a sessão de entrega do Prémio Literário Orlando Gonçalves.
A iniciativa foi organizada pela Câmara Municipal da Amadora e decorreu na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, tendo terminado com um “jantar literário”.
A 7ª edição da Festa do Livro fez parte da programação da “Amadora em festa” que decorre de 08 a 18 de Setembro, para comemorar os 43 anos do município, com música, dança, exposições, desporto e outras actividades.
O Município da Amadora, criado a 11 de Setembro de 1979, estende-se numa área de cerca de 23,78 quilómetros quadrado e divide-se em seis freguesias (Águas Livres, Alfragide, Encosta do Sol, Falagueira – Venda Nova, Mina de Água e Venteira), sendo que actualmente, residem na Amadora cerca de 175.136 habitantes, milhares deles, cabo-verdianos.
Na sessão solene deste domingo no Paços do Concelho da Amadora, marcaram presenças o presidente da Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde (ANMCV) e da Câmara Municipal de São Miguel, Herménio Fernandes, e os presidentes das câmaras municipais do Tarrafal, José dos Reis, e dos Mosteiros, Fábio Vieira.

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