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Presidente do Museu de Educação desafia futuro Governo a oficializar e introduzir ensino da língua cabo-verdiana nas escolas


  22 Février      12        Arts & Cultures (3086),

 

Cidade da Praia, 22 Fev (Inforpress)- A presidente do Museu de Educação, Clara Marques, lançou sexta-feira um repto a todos os partidos políticos para que na próxima legislatura a oficialização da língua cabo-verdiana e o seu ensino nas escolas seja uma prioridade.

“Deixo um repto no sentido de, na próxima legislatura, que seja uma das prioridades do Governo fazer de tudo com que a língua cabo-verdiana seja oficializada, seja ensinada nas escolas, que se criem condições pedagógicas, materiais e didácticos, no sentido de podermos realmente começar a ter paridade entre a língua cabo-verdiana e a língua portuguesa”, desafiou Clara Marques.

Clara Marques falava em declarações à Inforpress, no âmbito de uma palestra “Língua Materna: O que queremos? O que podemos fazer?”, realizada pelo Museu de Educação e destinado aos alunos e professores da Escola Secundária “Cónego Jacinto”.

Esta palestra, que serve para comemorar o Dia da Língua Materna, que se assinala no dia 21, é, segundo a mesma fonte, uma forma de consciencializar os estudantes a darem, cada vez, mais importância a língua materna e a reflectirem sobre o trajecto feito desde 1978 até a data de hoje.

Conforme explicou, antes da independência de Cabo Verde era proibido o ensino do crioulo nas escolas, mas, depois da independência havia uma “grande expectativa” de que a língua cabo-verdiana iria ter um estatuto diferente.

Isto porque, precisou Clara Marques, depois de 78 foram criadas várias condições para este reconhecimento, foram realizados vários fóruns sobre a língua cabo-verdiana, com destaque para o colóquio de Mindelo, a comunidade linguística tem feito muita produção literária, foi criado o ALUPEC.

Entretanto, o passo “mais importante” que é a sua oficialização não foi dada, criticou.

“Já é altura de se fazer esse reconhecimento, ou seja, aprovar, oficializar a língua cabo-verdiana. Começamos com uma experiência interessante a nível da educação, há quatro anos, com várias escolas, aquilo correu bem, mas, no entanto, nesses quatro anos nada se falou, ou seja, dá-se três ou quatro passos e torna-se a ir para trás”, disse, sustentado que dessa forma jamais terão a língua materna como língua oficial.

Clara Marques apelou à vontade política do próximo Governo que vai liderar o País e exortou a comunidade linguística a impulsionar a criação do Dia Nacional da Língua Cabo-verdiana, para que este dia sirva para reflexão e para valorização da língua materna, que é a identidade do povo cabo-verdiano.

Na mesma linha, a linguista Adelaide Monteiro, que pede a oficialização e o ensino da língua cabo-verdiana, informou que hoje em dia há muitos instrumentos que permitem com que as pessoas possam conhecer a língua e ainda ensinar o crioulo, desde gramática, dicionário, e muitos outros livros de autores cabo-verdiano.

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