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BCV fará de tudo para que a banca financie a actividade económica no quadro da pandemia – Governador


  20 Octobre      29        Economie (21001),

 

Cidade da Praia, 20 Out (Inforpress) – O governador do Banco de Cabo Verde, Óscar Santos, disse hoje que aquele banco central vai fazer todos os possíveis para que a banca tenha fundos próprios suficientes para continuar a financiar a actividade económica no quadro da pandemia.

Óscar Santos, que prestava declarações à imprensa à margem de um congresso internacional sobre o mundo pós-pandemia, promovido pelo Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais (ISCJS), disse acreditar que a retoma da actividade económica só deve começar em 2023.

“Não vai haver crescimentos iguais entre sectores. Mesmo a nível internacional há países que estão a crescer muito mais rapidamente que outros países, a taxa de vacinação ainda está muito baixa em países menos desenvolvidos, felizmente Cabo Verde está a um nível alto”, disse.

E é nestes cenários que, avançou Óscar Santos, que o Banco de Cabo Verde (BCV) vai manter a política monetária sem qualquer alteração, o que significa que os bancos podem sempre financiar no Banco Central a taxas de juros muito baixos, de 0,75%.

“As medidas prudenciais vão manter-se no mesmo nível até Março de 2022, isto significa que vamos monitorizar a situação até Março de 2022 e aí sim fazer uma revisão das nossas políticas e ver o que fazer”, continuou Óscar Santos, referindo que ainda é cedo para mudar qualquer posição.

O BCV vai então, segundo seu governador, manter a posição do banco central como está e, portanto, monitorizar “muito apertadamente” a situação, estando “muito de perto” com os bancos para ver o que está a acontecer.

“Ainda há dias tivemos um encontro com a banca, apresentando um relatório de estabilidade. Portanto, nós estamos a seguir isso com muita atenção. Não vamos antecipar qualquer mudança agora, porque ainda é muito cedo”, frisou, garantindo que as moratórias vão se manter até o final do ano.

Disse ainda Óscar Santos que o banco central já tomou medidas que mesmo empresas com dificuldades poderão ter créditos reestruturados para não contar como créditos mal-parados, “o que significa um alívio para a banca”.

“Nós vamos fazer todos os possíveis para que a banca tenha fundos próprios suficientes para continuar a financiar a actividade económica”, disse.

Em termos de crédito mal-parado, Óscar Santos afirmou que em 2013 o percentual era de cerca de 14% e que neste momento está em torno dos 9%.

“Uma queda acentuada do crédito mal-parado. Nós ainda não sabemos o que vai acontecer. As projecções indicam que, mesmo num cenário de recuperação lenta da actividade económica, o crédito mal-parado pode aumentar de novo para 12% o que significa que estará abaixo ainda do nível de 2013/14. Nessa parte acho que o sistema bancário está a comportar muito bem, está a dar sinais de resiliências. Mas isto não significa que devemos baixar a guarda”, acrescentou.

Relativamente à balança de pagamento, sobretudo o déficit da conta corrente, “um indicador importante”, avançou Óscar Santos que houve, de facto, uma “queda muito forte” de 0,1% para 16%.

“Uma queda muito forte do PIB. Mas mesmo assim nós estamos a nível de reserva em termos de meses de importação a volta de seis meses de protecção. Significa que no campo monetário, ainda há alguma margem de manobra, mas isso tudo depende do que irá acontecer em 2022, se a retoma, de facto, da actividade económica se faz, se há entrada de turistas, de divisas para que o banco central tenha mais disponibilidades”, explicou.

Finalizando, Óscar Santos disse que outro factor “também de peso” tem a ver com a dívida externa, ou seja, se o Estado consegue ou não moratórias para ter algum tempo para poder ajustar, tendo em conta que, mesmo com o crescimento da actividade económica, o impacto sobre a receita do Estado vai-se sentir com algum atraso.

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