São Filipe, 17 Jan (Inforpress) – O Centro Sete Sóis Sete Luas de São Filipe, inaugurado em 2018, mas que se encontra praticamente fechado há mais de dois anos, está a retomar as suas actividades para dinamização do espaço cultural.
O director do Festival Sete Sóis Sete Luas (FSSL), Marco Abbondanza, que se encontra de visita à ilha acompanhando as delegações dos municípios portugueses de Odemira e Pombal, que fazem parte da rede das cidades do festival, disse que não obstante as dificuldades financeiras, já o centro não poder contar com um orçamento próprio, algumas actividades estão a ser realizadas com apoio das cidades da rede do festival como Odemira e Pombal.
As actividades iniciaram-se no passado dia 15 em que a artista portuguesa Mariana Martins, no quadro de uma residência artística com a Banda Sete Sóis de São Filipe, apresentou um espetáculo cultural original denominado “entre fado e morna”.
Para o dia 28 de Janeiro, e no quadro da residência musical, duas figuras principais do Barcelona Flamenco Ballet, David Guttiérrez e Paula Reyes, vão apresentar um espetáculo de dança com as músicas da Banda Sete Sóis de São Filipe.
Marco Abbondanza disse que além disso está a preparar a vinda de um conhecido chef de cozinha francês para o mês de Fevereiro para ministrar um laboratório de gastronomia visando a reabertura do restaurante do Centro Sete Sóis de São Filipe, com um “conceito novo e muito ligado à cultura”, assim como a vinda de técnicos formadores de Pombal (Portugal), para ministrar formação nas áreas de som e luz, e de educação.
emos um programa heterógeno e que visa dar nova dinâmica a este espaço[Centro Sete Sóis Sete Luas de São Filipe]”, disse Marco Abbondanza, lembrando que se trata de um investimento da União Europeia entre 2016/18, e que seria “uma pena” deixar de ter o espaço a funcionar.
O director do FSSL disse que se está à espera de uma resposta do Governo sobre a possibilidade de ajudar na dinamização do centro, tendo em conta o seu “papel importante” para o turismo cultural e para a cultura.
Com relação à participação da Banda Sete Sóis de São Filipe no festival em Portugal (Odemira e Pombal), Marco Abbondanza disse que o festival já internacionalizou a banda que há dois anos realizou uma digressão para Itália e Portugal com mais de 15 concertos, e que o desafio deste ano é continuar este processo de internacionalizar a banda com possibilidade de participação no festival em Portugal.
“FSSL sempre foi um projecto de ida e volta, de troca cultural em pé de igualdade e São Filipe acolhe músicos de mundo mediterrâneo e lusófono e também envia seus artistas e músicos e estamos orgulhosos desta dinâmica que pretende ser respeitoso da beleza da diversidade cultura cabo-verdiana”, sintetizou o director do FSSL.