Cidade da Praia, 02 Jun (Inforpress) – O gestor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Cabo Verde comprometeu-se terça-feira a continuar a trabalhar com os parceiros nacionais e internacionais para a concretização dos direitos das crianças no país.
A garantia foi dada por Steven Ursino, durante a visita que efectuou às estruturas do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) em Santiago Sul, no âmbito do Dia Internacional da Criança, que se assinala hoje.
“Aproveitamos esse momento para confirmar o nosso comprometimento em continuar a trabalhar com os parceiros nacionais e internacionais para a realização dos direitos de cada criança”, referiu o responsável, lembrando que as crianças têm o direito de se expressarem e serem envolvidas nas questões que afectam as suas vidas.
Para Steven Ursino, que é também gestor do Escritório Conjunto da UNDP e UNFPA, hoje em dia os direitos das crianças enfrentam novas ameaças e a pandemia da covid-19 trouxe ainda enormes desafios para a protecção das mesmas a nível mundial.
“Este é o momento de intensificar a solidariedade pelas crianças e lançar as bases para uma transformação mais profunda na maneira como devemos investir na geração mais jovem do mundo”, mencionou, sublinhando que cada um deve fazer também a sua parte para aquelas que ainda sofrem de todo o tipo de abusos, de abandono e de negligência.
Por outro lado, considerou ainda que é preciso ouvir as crianças para que as suas ideias e propostas possam ser melhoradas e trabalhadas para garantir um mundo melhor onde nenhuma criança fique para trás.
“O nosso trabalho é tudo fazer para que nenhuma criança tenha os seus direitos violados e que nenhuma fique para trás”, apontou Steven Ursino.
Por seu turno, a presidente do ICCA, Maria do Livramento Silva, agradeceu ao gestor pela visita, realçando que a UNICEF é o maior parceiro da instituição com “apoios importantes” na defesa dos direitos das crianças ao longo desses anos.
Fez saber que o Centro de Emergência Infantil em Achada Limpo, uma das instalações visitadas, acolhe 28 crianças dos 0 aos 17 anos, de todas as ilhas, e dispõe de um coordenador, um psicólogo, um assistente social, quatro educadoras e uma técnica de gestão, número esse, que considera insuficiente.
“Há constrangimentos a nível técnico, mas estamos a trabalhar para ultrapassar essa situação, sendo que este ano já conseguimos recrutar oito e, provavelmente, iremos aumentar mais um técnico para este ano”, referiu Maria do Livramento Silva, que disse que apesar das dificuldades financeiras conseguem fazer muito com o montante disponível.
Para dar resposta, afirmou que o centro precisa de 14 psicológicos e 10 assistentes sociais e a cada ano haverá necessidade de contratar mais, tendo em conta o grau de exigência das crianças.
AV/CP
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