Cidade da Praia, 08 (Inforpress) – O Ministério da Saúde presidiu hoje o lançamento da campanha de vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV, na sigla em inglês), que irá abranger numa primeira fase cerca de 4.900 meninas com dez anos.
Na cerimónia, que serviu também para o lançamento da vacinação contra a hepatite B e do caderno de saúde da criança e do adolescente, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse que apesar das dificuldades actuais pelas quais o País e o mudo passam, o Governo cumprir com acordo assumido e está focado em garantir com que não haja negligência em outros cuidados de saúde.
”A vacinação contra HPV é uma medida muito importante e terá impacto na saúde das mulheres, na redução da morbidade e mortalidade. Estamos a falar sempre que as acções são dirigidas para o seguimento feminino e em todas as idades, desde crianças, jovens e adultos e estamos a tocar no centro daquilo que é o núcleo central da nossa organização social que é a família”, mencionou.
O chefe do Governo considerou que o caderno de saúde da criança e do adolescente será um “instrumento importante” para a avaliação integral e seguimento familiar e estado de saúde das crianças e dos adolescentes.
“Proteger e cuidar das crianças é proteger do futuro de uma nação e quanto mais saudável ela é, mas progresso teremos nas nossas mãos”, constatou o chefe do Governo, que considerou que a vacinação vai contribuir para “salvar vidas, reduzir o sofrimento das famílias e criar mais confiança para o futuro”.
Por seu turno, o director nacional da Saúde, Jorge Noel Barreto explicou que a campanha de vacinação apresentada hoje arranca oficialmente em Abril, em todos os centros de saúde do País, e, na primeira fase, abrangerá as meninas com dez anos.
“Este ano esperamos vacinar cerca de 4.900 meninas e é uma vacina que requer duas doses para que possam estar imunizadas”, referiu o responsável, que adiantou que o Governo pretende criar condições para que no próximo ano possam alargar a faixa etária e, assim, abranger também as meninas até aos 13 anos.
Jorge Noel Barreto adiantou que com a implementação sistemática da vacinação pretende-se reduzir o risco de cancro nas mulheres e diminuir o número de casos do cancro do colo do útero e de mortes.
Financiado pelo Governo, no âmbito do Orçamento do Estado, a campanha de vacinação, com o apoio da Unicef e de outros parceiros, está orçada em cerca de 130 mil dólares.
O HPV, transmitido por contactos sexual, é responsável por 70 por cento (%) dos casos do cancro do colo do útero registados a nível mundial.