Luanda, 24 de Março (ANGOP) – O presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Filipe Nyusi, afirmou terça-feira,23, que os países membros da organização vão continuar a preservar a paz e rejeitam todas as manifestações de instabilidade, incluindo o terrorismo e o extremismo.
“Por isso, inspirados no Dia da Libertação da África Austral e no heroísmo dos que tombaram pela nossa liberdade, continuaremos a preservar com zelo a nossa paz, rejeitando, colectivamente, todas as manifestações de instabilidade, incluindo o terrorismo e o extremismo na nossa região.
Lutaremos firmemente para que o atraso e a pobreza sejam relegados para a história”, salientou.
Em alusão ao Dia da Libertação da África Austral, assinalado dia 23, o também Presidente da República de Moçambique lembrou que, há 33 anos, milhares de filhos e filhas valentes da África Austral entregaram as suas vidas numa batalha que marcou o ponto de viragem no processo de libertação total da região do colonialismo e de regimes minoritários.
Filipe Nyusi justificou na sua mensagem que, com a efeméride, a SADC rende a homenagem merecida aos homens e mulheres que tudo deram, sacrificando a sua juventude e a sua própria vida para que hoje a região desfrute da liberdade, condição para a paz, progresso e bem-estar que todos os Estados Membros, que estão empenhados em alcançar, no quadro do Tratado da organização.
No dia 23 de Março, disse, a organização presta, igualmente, tributo aos visionários líderes da região que, ao fundarem a SADC, demonstraram o mais elevado grau de Pan-africanismo.
Recordou que, em 2020, a SADC completou 40 anos orgulhosa das conquistas alcançadas, sobretudo, nas frentes política, social e económica, o que torna a região numa das mais pacíficas e estáveis do continente africano.
O 23 de Março foi instituído Dia da Libertação da África Austral em 2018, em Windhoek, Namíbia, durante a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC.
O dia 23 de Março de 1988 marca o fim da Batalha do Cuito Cuanavale, no Sudeste de Angola, onde as então FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola) e as FAR (Forças Armadas Revolucionárias, de Cuba) defrontaram o exército da maior potência militar regional, a África do Sul, e as ex-forças da UNITA.
A vitória das FAPLA e FAR nesta batalha representou uma viragem decisiva na África Austral, em prol do progresso, da paz e libertação dos povos africanos oprimidos pelo regime do apartheid.
Criada a 17 de Agosto de 1992, em Windhoek, a SADC tem como objectivo promover o crescimento e desenvolvimento económico e sustentável, aliviar a pobreza, aumentar a qualidade de vida dos povos da região e prover auxílio aos mais desfavorecidos.
Integram a organização Angola, África do Sul, Botswana, República Democrática do Congo, Ilhas Comores, Eswatini, Lesotho, Madagáscar, Malawi, Ilhas Maurícias, Moçambique, Namíbia, Ilhas Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.